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Ele não precisava ter faltado ao debate. Poderia ter resolvido o problema das quedas das pontes usando os R$ 21 milhões do Idam, gastos com papel higiênico e brita que não foi entregue

Afirmou Eduardo Braga ao rebater a justificativa do governador Wilson Lima (UB) para se ausentar do debate da Band na noite desta segunda-feira (10/10). O candidato da situação alegou que estava em Brasília para conseguir apoio do Governo Federal para resolver a situação de dois trechos da BR-319 que estão intransitáveis por causa do desabamento de duas pontes

‘Eu estendo minhas condolências às vítimas do desabamento da primeira ponte e os meus sinceros sentimentos aos municípios do Careiro Castanho, do Manaquiri, de Autazes, do Careiro da Várzea e a todos os que usam a BR-319. Mas quero dizer que o recurso necessário e a ação necessária que deveria estar sendo implementada neste momento era a colocação de balsas, neste instante, para que as pessoas pudessem atravessar os dois rios. O recurso existe. O governador não precisava ir à Brasília para conversar com o ministro e fugir do debate. Duas balsas simples resolveriam o problema de deslocamento entre os municípios”, destacou Eduardo Braga. O senador do MDB, que foi governador por dois mandatos consecutivos (2003-2010), pontuou a má utilização dos recursos públicos pelo governo atual que tem colocado em risco à vida das pessoas e emperrado a economia. “Eu vou dar um exemplo, Neto (Cavalcante, jornalista da TV Band), do que isso significa. O Idam, nos últimos dias, comprou R$ 21 milhões de fardos de papel higiênico; de gasolina a R$ 10 nas vésperas da eleição, com denúncia de que seria usada para comprar voto; de brita que não foi entregue um m³ sequer. Ou seja, desviaram dinheiro do Idam, às vésperas da eleição, num total de R$ 21 milhões. Eu queria muito a presença do candidato ausente para explicar para o povo como tem a cara de pau de gastar R$ 21 milhões desta maneira e não tem para resolver a situação das duas pontes que desabaram na BR-319”, argumentou o candidato da coligação “Em defesa da vida”. Braga, que vem crescendo nas pesquisas nos últimos dias a ponto de reduzir a diferença em relação ao primeiro colocado para apenas 10%, detalhou o plano de governo na área socioambiental. Frisou que a defesa da floresta está em consonância com o oferecimento de condições de vida digna para as famílias amazonenses. “A principal causa de desmatamento, de garimpo ilegal é a fome, é a miséria. Eu aprendi com uma índia tikuna no Alto Solimões. Ela me disse o seguinte: governador, não me peça para salvar aquela castanheira, se o meu curumim estiver chorando com fome. A árvore precisa valer mais em pé do que derrubada. Nós precisamos pagar os serviços florestais para aqueles que cuidam e são os verdadeiros guardiões da floresta. Aí nós vamos enfrentar o incêndio, o garimpo ilegal, o desmatamento ilegal…”, destacou o candidato. Eduardo Braga também lembrou que em sua administração foi criado o programa ‘Bolsa Floreta’, que zerou o desmatamento em áreas de conservação do estado. “Passados 12 anos que eu saí do governo, o Bolsa Floresta que era de R$ 50, hoje é de apenas R$ 100. Deveria ser de, no mínimo, R$ 300. A nossa proposta é de que o Bolsa Floresta assim como este cartão no valor de R$ 150 sejam substituídos pelos R$ 500, que estamos propondo (por meio do programa ‘Novo Cidadão’). Isso vai ser feito porque a fome tem pressa”, garantiu Braga. Ele pretende manter no programa as 300 mil pessoas, que atualmente recebem o auxílio do governo do Estado e buscar os 200 mil amazonenses que não recebem o auxílio do estado e nem o benefício financeiro fornecido pela União. “A maioria delas está nas unidades de conservação, nas florestas, nos beiradões. Todos serão incluídos num programa socioeducativo. Nós vamos estabelecer um inventário, a certificação, para cobrarmos os serviços ambientais, seja do sequestro de carbono, seja do CPR Verde, para instituirmos um fundo de financiamento para prover os pequenos negócios. É por isso, que eu digo, pra crescer tem que mudar. É por isso, que eu peço voto para o 15”, pediu aos telespectadores da emissora e aos milhares de internautas que acompanhavam a entrevista pelas redes sociais.

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